Sempre cresci e fui educada a ouvir falar dos ideais de liberdade de expressão. E isso nunca passou só por poder dizer o que queria mas também poder exercer essa liberdade de outras formas... Formas tão simples quanto poder vestir o que queria. Mas agora que já sou um bocadinho mais crescidinha, a distância que vai da teoria aos actos ainda é alguma!
O papel que tens de desempenhar na sociedade estabelece-te certos limites e não é aceitável que alguém de uma determinada posição social não tenha uma aparência apropriada à função que desempenha. Quem acha aceitável que um médico pareça uma estrela metal, com cabelo comprido e se vista de preto? Certamente muito paciente ia desconfiar das suas capacidades ou mesmo recusar-se a por a vida nas mãos dele, mesmo que ele fosse o melhor médico do mundo. Muitos de nós iríamos dizer que aquilo não era sem duvida maneira de se vestir e, embora ele tivesse direito de se vestir assim, se insistisse na indumentária concerteza que veria muitas portas a fecharem-se para ele.
Eu fico indignada quando me vêm com esse tipo de discursos que na profissão que exerço/exercerei não posso andar mais hippie ou fazer uma corte de cabelo mais arrojado, sem que seja rotulada de incompetente. Mas cada vez mais me convenço que não vale a pena lutar contra um estereotipo tão entranhado na nossa sociedade.
1 comentário:
Bem, eu não acho que tenha mal... mas admito que algumas pessoas podem achar menos sério um médico com esse aspecto.
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