Procuro uma forma de te definir: o que foste, o que és, o
que serás. Foste muito, és mais, serás sempre. Foste amigo, namorado e
cúmplice. Foste muito mais do que devias ser, consumido com avidez. Paixão
precoce que nunca mais foi ultrapassada. Marcaste-me por me teres feito sentir
única e especial. Mas magoamos e pisamos sem querer, uma e outra vez, um e o
outro. Insegurança e feitios voláteis fizeram também parte da mistura
bombástica que somos. Sobrevivemos e passou, por vezes até parece que nada
ficou para relembrar esses erros… mas a cicatriz que ficou dói de cada vez que
o tempo se torna mais duro, mais difícil. Sinto essa dor com carinho, essa dor
que me dá prazer, é tua…
Mas o Nós não ficou no Ontem. Hoje és a minha droga,
demasiado tóxica e a qual tenho medo de um dia não saber mais controlar. Demasiado
forte e avassalador, fiquei viciada nos teus efeitos. Como qualquer dependente,
o meu vício em ti resultou da sensação de felicidade e euforia que em mim
provocas, de liberdade e de nesses momentos sentir que nada é inatingível. És
muito mais do que as palavras podem exprimir.
O Amanhã não é previsível, escrito por momentos e
coincidências. E contigo aprendi que assim é mais saboroso.
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